segunda-feira, 15 de abril de 2013

Um Poema ao Palhaço


 AO PALHAÇO CIRCENSE*

Sou forte...
mas me chamam às vezes de fraco.
Sigo vivendo não temo o perigo.
Faço graça e faço riso 
sob a tragédia da vida
e o meu próprio fracasso.
Sou triste e alegre.
E desse jeito estranho eu prossigo
promovendo sorriso no palco do mundo
diante dos olhos dos  pequenos e desaventurados.
Sou forte e sou fraco.
Sou humano de modo trágico e demasiado..
Ópera-bufa é o  meu destino.
Minha casa é o circo.
Meu nome é "Fuxico"
Sou palhaço.
Sou pobre  e sou rico.
Desafio a morte...
Eu simplesmente existo,
sob os meus nervos de aço.
Eu resisto. 
Vivo o meu sonho
sob o pano do teatro melodramático
que todos os dias
eu mesmo traço. 
................
in José Cícero
'Minhas Metáforas Prediletas' - Inédito-13
Foto JC - escultura de Paim d'Aurora

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